quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Olá,

Hoje fazem exatamente 32 dias desde o início do tratamento. O tratamento foi iniciado no dia 14/12/2014 e terminou no dia 12/01/2015. Dois dias após o fim, trago mais fotos comparativas.

ORELHA

Foto 1: tratamento ainda não iniciado
Foto 2: 6 dias de tratamento
Foto 3: 11 dias de tratamento
Foto 4: 14 dias de tratamento
Foto 5: 32 dias de tratamento

DORSO

Foto 1:  tratamento ainda não iniciado
Foto 2: 14 dias de tratamento
Foto 3: 24 dias de tratamento
Foto 4: 32 dias de tratamento

MINHAS IMPRESSÕES
Como podemos ver, na primeira foto da orelha a pele está muito avermelhada, além de ferida e ressecada. Na segunda foto nota-se que a pele está um pouco menos vermelha, porém surgem mais caroços. Na terceira foto a pele apesar de bem menos ressecada, volta a ficar avermelhada e surgem novos inchaços. Na quarta foto nota-se uma melhora geral, com uma grande redução da cor avermelhada e dos caroços e inchaços. Na quinta foto, há uma maior redução da vermelhidão, mas ainda existem pequenos caroços. Ainda há uma grande ausência de pêlos, e espera-se que nasçam a partir de agora. Acredito que a melhora é claramente visível, apesar de não ser 100%. A bula do Milteforan afirma que a melhora dos sintomas continua até 1 mês após o fim do tratamento, e a Dermotrat continuará sendo utilizada na região até a melhora total.

Já no dorso, pode-se observar a melhora gradativa (e mais rápida) a cada foto, com o desaparecimento das feridas e do ressecamento e o nascimento de novos pêlos na região. Antes do tratamento, o nascimento de pêlos nessa região era demasiadamente lento. Na última foto podemos ver que os pêlos já nasceram quase que completamente.

Eu acredito que a orelha esteja tendo essa melhora mais lenta devido ao fato de que a Leishmania foi encontrada exatamente ali, durante os exames de raspado de pele. Além de ser uma lesão bem mais antiga do que a lesão o dorso. Para mais detalhes, ler posts iniciais.

Com o fim do tratamento, novas medidas serão tomadas. Falarei delas num próximo post. Talvez eu demore alguns dias para voltar a postar aqui pois será necessário um intervalo (de uma semana à quinze dias) antes dos próximos passos.

O número de visitas aqui no blog têm aumentado consideravelmente, e agradeço à todos que estão dedicando qualquer tempinho que seja para dar uma olhada. Espero que esse blog possa, de alguma forma, ajudar aqueles que estão na mesma situação. 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O combate à Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é mais do que uma questão de saúde pública, trata-se de um debate ético. Médicos veterinários, e até mesmo leigos, lutam há anos em prol de novas políticas no combate a tal doença. E mesmo que a ineficácia do método de combate tradicional – eutanásia de animais infectados – seja confirmada, a prática continua a ser feita.

É importante salientar aqui que quem escreve isso também é um leigo. Mas que não entende o porquê dessas políticas sanitárias serem aplicadas somente aqui no Brasil, enquanto outros países adotam medidas como o combate ao mosquito vetor, educação em saúde, controle da população canina e o diagnóstico e tratamento de cães com Leishmaniose Visceral, o Brasil opta por simplesmente eliminá-los. Recorrer ao sacrifício é uma decisão que traz muita dor e sofrimento, esse é um fato inegável. Mas sabe-se que a dor não se resume somente a essas pessoas, ela também se estende ao animal. O sacrifício o priva de crescer e envelhecer, seguindo o rumo natural da vida.

Sabe-se que a LVC possui graves sintomas, e que muitos deles afetam bastante os animais infectados. Mas, em contraponto, temos medicamentos capazes de sobrepujar tais sintomas. E muitos cães nem mesmo chegam a apresentar sintomas durante muito tempo, levando uma vida normal de um cão saudável. Qualquer questão levantada sobre a legitimidade do sacrifício buscando o bem-estar animal é falsa. Porque o bem-estar, nesse e em vários outros casos, é a continuidade da vida.

O sacrifício de tais animais demonstra um pouco apreço pela vida.

O esforço gera recompensa
Vários casos onde Organizações Não Governamentais lutaram pelo direito de tratar cães infectados em foros especializados resultaram numa vitória, como o caso do cão Scooby em julho de 2012.

¹G1 - Prefeitura em MS autoriza tratamento de cão com Leishmaniose
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2012/07/prefeitura-em-ms-autoriza-que-scooby-faca-tratamento-contra-leishmaniose.html
²G1 - Em tratamento contra Leishmaniose, cão não apresenta mais sintomas.
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2012/08/em-tratamento-contra-leishmaniose-scooby-apresenta-melhoras-em-ms.html

O tratamento é fácil, difícil é tratar
O título desse tópico pode gerar um pouco de dúvidas, eu sei. É comprovado que os tratamentos – tanto os de uso humano – como os próprios para cães (como o Milteforan) resultam na redução total dos sintomas, e impedem a não transmissão do parasita. Mas há dificuldades em adquiri-los. Outro impasse ético.




quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Hoje trago mais um comparativo, dessa vez somente da lesão do dorso.


Foto 1: tratamento ainda não iniciado
Foto 2: 14 dias de tratamento
Foto 3: 23 dias de tratamento

Deu uma melhorada boa, né? :)

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O que é a Leishmaniose?
A Leishmaniose Visceral, popularmente conhecida como Calazar, é uma doença causada por um protozoário do gênero Leishmânia, sendo transmitida pela picada do inseto, o flebótomo, também conhecido como mosquito palha. Os cães e os animais silvestres são os principais reservatórios da doença, porém a doença afeta também seres humanos, sendo, portanto uma zoonose.

Como evitar o contato com o mosquito transmissor?
O Mosquito Palha, ou palhinha como é conhecido, é um inseto pequeno e costuma se reproduzir em locais com muita matéria orgânica em decomposição. O uso de repelentes no ambiente e no animal é indicado. Mantenha sempre a higiene dos locais de criação de animais, mantendo-o sempre limpo e seco. Lembre-se lugar de lixo é no lixo.

Como saber se o meu animal está contaminado?
O diagnóstico da leishmaniose pode ser feito através de exame clínico e a confirmação se dá através de amostras de sangue ou biópsias de gânglios e o seu Médico Veterinário é quem vai indicar o método mais adequado.

Quais são os sintomas da doença? Como podemos nos prevenir?
Os animais contaminados podem apresentar desde ausência de sinais clínicos até alterações importantes como febre intermitente, perda de apetite, perda de peso, prostração, conjuntivite e perda de pelo ao redor dos olhos, alterações da pelagem (eczema, descamação, perda da qualidade e volume do pelo, úlceras), crescimento exagerados das unhas entre outros.Hoje além do controle do foco dos mosquitos, podemos usar coleiras repelentes e vacinação preventiva.

Por que vacinar o meu cão contra a Leishmaniose?
A vacinação aumenta a chance de o animal ficar protegido contra Leishmaniose. Ajuda no combate da doença, protegendo os animais expostos a infecção através da picada do inseto transmissor infectado. A leishmaniose além de causar grande sofrimento ao animal por provocar lesões viscerais e de pele pode infectar também os seres humanos. O protocolo da vacinação é definido e controlado pelo Ministério da Agricultura que estabeleceu um exame de sorologia negativo prévio, depois 3 doses de vacina com intervalo de 21 dias entre elas. A partir de então o animal deve receber uma dose de reforço anual. A vacina pode ser feita somente em cães com mais de 4 meses de idade.

Existe tratamento para os cães doentes?
Existe tratamento, mas não é liberado pelo Ministério da Saúde, como forma de controlar os animais portadores, pois a recomendação é a eutanásia de todos os animais positivos. Vacinação e coleira repelente de insetos são as principais medidas eficazes disponíveis hoje para prevenir a Leishmaniose.

Quais medidas devo tomar para o controle da doença?
·  Vacinação de cães sadios e sorologicamente negativos.
·  Uso de coleiras repelentes, contra o mosquito transmissor.
·  Uso de telas finas nas portas e janelas.
·  Manter o animal dentro de casa nos períodos matutino e vespertino.
·  Utilização de mosquiteiros e aparelhos elétricos repelentes de insetos.
·  Combate ao inseto vetor no peridomicílio e intradomicílio, mantendo a casa e o quintal sempre limpos (recolher as folhas, frutos, troncos, raízes, fezes de animais).
·  Embalar o lixo corretamente (sacos plásticos).
·  Não juntar lixo nos lotes vazios.
·  Poda de árvores.

Quais animais devem ser vacinados contra leishmaniose?
1. Se morar em região endêmica
2. Se morar em casa em região arborizada.
3. Se viajar com frequência ao litoral ou interior.
4. Se tiver histórico de animais com sorologia positiva na região.
5. Se existir na região o Mosquito palha.

Referência
<http://www.petcare.com.br/> acessado em 07/01/2015.


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

A Leishmaniose é uma zoonose. Isso significa que é uma doença que pode ser transmitida do animal para o homem e vice-versa. Estando entre as três doenças infecto-parasitárias que mais matam no mundo, e incluída pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na lista de Doenças Tropicais Negligenciadas (DNTs). Trata-se de uma doença causada por protozoários tripanossomatídeos do gênero Leishmania.  
  
Parasitas causadores da Leishmaniose.
Esses parasitas possuem um ciclo de vida heteroxênico, ou seja, vivem alternadamente em hospedeiros vertebrados (humanos, cães, equinos, asininos, gatos, roedores domésticos, preguiças, tamanduás e marsupiais, por exemplo) e insetos vetores (flebotomíneos, os famosos mosquitos-palha.). As leishmanioses representam um conjunto de enfermidades diferentes entre si, que podem comprometer a mucosa, pele e vísceras. Sendo esses sintomas extremamente dependentes da relação entre o parasita e a resposta imune do hospedeiro. A Leishmaniose é uma doença imunossupressora, assim como a AIDS.

Sua transmissão acontece quando uma fêmea infectada de flebotomíneo passa o protozoário a uma vítima sem a infecção, enquanto se alimenta de seu sangue. Popularmente conhecidos como mosquito-palha, biriguí, cangalha e tatuquira, são mosquitos pequenos, corcundas e com asas estreitas de forma lanceolada, geralmente não ultrapassando 0,5cm de comprimento. Tendo somente as fêmeas o aparelho bucal modificado para picar a pele de vertebrados e sugar o sangue. São conhecidas e catalogadas mais de 450 espécies que são distribuídas ao longo do continente americano, se espalhando do norte da Argentina até o sul da Canadá.

Mosquito-palha. Vetor de transmissão da Leishmaniose.
Todo mamífero picado serve como reservatório da doença, sabendo-se que o mosquito, ao sugar o sangue destes, pode transmitir para outros indivíduos ao picá-los. Estando aí a origem do problema, pois, devido à ampla quantidade de possíveis reservatórios, o controle torna-se extremamente difícil. A Leishmaniose é um problema mundial. As medidas mais utilizadas para o combate da enfermidade se baseiam no controle de vetores e dos reservatórios, proteção individual, diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, manejo ambiental e educação em saúde.

A Leishmaniose é endêmica em quase cem países. E o aumento no número de casos deve-se a invasão das zonas urbanas e proximidades com zona de mata, onde os flebotomíneos vivem. As formas mais comuns da doença são a Leishmaniose Visceral (LV), que pode levar à morte e a Leishmaniose Cutânea (LC), que causa grandes lesões na pele e na cartilagem.
  
O cão não é o vilão
De todos os países onde a Leishmaniose é endêmica, apenas o Brasil faz o combate através da eliminação de reservatórios. Milhares de cães são sacrificados anualmente e os resultados na diminuição da prevalência da doença não são positivos. Dados comprovam que o método mais eficiente seria o combate ao vetor (o mosquito-palha), e não o combate ao reservatório.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Olá! 

Hoje fazem 19 dias desde o início do tratamento com o Milteforan. Hoje estou trazendo fotos comparativas das lesões, como eu já havia comentado em um post anterior. Vamos lá.

ORELHA
Foto 1: tratamento ainda não iniciado
Foto 2: 6 dias de tratamento
Foto 3: 11 dias de tratamento
Foto 4: 14 dias de tratamento

DORSO

Foto 1:  tratamento ainda não iniciado
Foto 2: 14 dias de tratamento

Pelo que pude observar, houve uma melhora, apesar de lenta. Na bula do Milteforan há uma parte que diz que a melhora dos sintomas continua até 1 mês após o fim do tratamento. O jeito é esperar, né? 

Bem, é isso. Em breve trarei mais fotos comparativas!