sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Uma beagle de 8 meses, nascida no dia 05/04/2014. Esperta, brincalhona e com lindas manchas, como todo beagle deve ser. Desde o seu nascimento, recebeu os cuidados necessários e tomou todas as vacinas recomendadas. Inclusive a vacina contra a Leishmaniose.


Tudo começou com uma pequena ferida na parte interna de uma das orelhas. Inicialmente diagnosticado como otite e fungo, o tratamento foi feito à base de pomada, remédio para uso interno (ouvido) e shampoo apropriado. Sem resultados positivos, um segundo tratamento foi feito, desta vez à base de fungicida, antibiótico e shampoo apropriado. Apresentando resultados somente durante o tratamento, as lesões voltavam imediatamente após o seu encerramento. E voltavam cada vez piores. No intervalo entre os dois tratamentos, uma nova lesão surgiu, desta vez no dorso das costas. Levando-a a outro veterinário, um teste rápido de Leishmaniose foi feito, obtendo resultado positivo. Na bula do teste, falava-se na possibilidade de reação cruzada devido à vacina que ela havia tomado há pouco tempo. O veterinário recomendou que fosse feito o teste do Mielograma para tirar a contra prova. Além da punção de medula, no Mielograma também estavam inclusos punção aspirativa de linfonodo e raspado de pele. Por fim, a Leishmania não foi encontrada na medula, como esperado, e nem no linfonodo, mas sim no raspado de pele da orelha. Sim, aquela orelha que já vinha apresentando problemas desde o começo.

No Nordeste, sabemos que a Leishmaniose é uma doença endêmica, ou seja, uma doença que se manifesta apenas em uma determinada região, de causa local. Sabemos também que aqui no Brasil a cultura é de sacrifício dos cães. Por conta disso, quando constatada a doença, a sugestão do médico veterinário foi sacrifício. Contudo, após o susto e o desespero inicial, a minha decisão foi a de tratar. E é aqui que esse blog entra.

Este blog não foi feito com o intuito de prescrever qualquer tipo de tratamento para a Leishmaniose Canina, e sim de acompanhar e relatar, dia-a-dia, o tratamento (que será detalhado em um outro post). Espero que este blog possa, de alguma forma, ajudar aqueles que se encontram na mesma situação.


0 comentários: